A ex-presidente da Brasil Telecom Carla Cicco admitiu ter contratado, junto com o banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, a empresa de consultoria de risco Kroll para levantar informações sobre executivos da Telecom Itália. A empresa disputava com o Opportunity o controle da Brasil Telecom. Cicco e Dantas foram indiciados pela Polícia Federal por formação de quadrilha, corrupção e divulgação de segredo. Eles teriam utilizado dinheiro da Brasil Telecom e da Telemig Celular para financiar o esquema de espionagem da Kroll Associates.
Cicco, que prestou depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, disse que a Kroll foi contratada "para o bem" dos acionistas da Brasil Telecom. Segundo ela, a Telecom Itália era contrária à entrada da Brasil Telecom no mercado de telefonia celular, posição que prejudicava os acionistas. As informações levantadas seriam usadas em um possível processo contra a Telecom Itália. A empresa de investigação foi contratada, segundo Cicco, por cerca de 250 mil doláres (aproximadamente R$ 550 mil) por mês. Como o contrato durou cerca de 30 meses, de 2003 a meados deste ano o gasto total foi de aproximadamente 7 milhões de dólares, mais de R$ 15 milhões. "Infelizmente, a Telecom Itália tinha interesses contra a Brasil Telecom", informou ela, que trabalhou até 1998 na empresa italiana.
De acordo com Cicco, a disputa entre a Brasil Telecom e a Telecom Italia teve como um dos principais motivos o interesse da empresa brasileira em entrar no mercado de telefonia celular, o que contrariava os interesses da TIM, que pertence ao grupo italiano.
O relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), criticou o gasto da Brasil Telecom. "Quem vai fazer esse pagamento é o usuário do serviço público."
No depoimento, Carla Cicco também confirmou a contratação dos serviços de publicidade das empresas SMPB e DNA, de Marcos Valério de Souza. De acordo com a executiva, todos os contratos foram firmados dentro da lei, e não houve superfaturamento. Segundo Cicco, não houve pagamento sem contrato. "Era trabalho feito, pagamento feito", afirmou. Por outro lado, ela afirmou que os serviços prestados à Brasil Telecom até 2004 pelas empresas SMPB e DNA eram esporádicos e que os contratos de R$ 25 milhões cada um, assinados em abril passado, eram do tipo "guarda-chuva". Significa que não havia garantia de que o valor total seria realmente gasto. Os contratos apenas cobririam as necessidades que surgissem.
Os valores dos contratos firmados com as empresas de Valério entre 2003 e este ano, de acordo com a ex-presidente, foram de R$ 4,5 milhões. A informação, porém, foi contestada na comissão. "Informações que tenho dizem que o valor chegou a R$ 50 milhões", rebateu o deputado Maurício Rands (PT-PE).
Carla Cicco afirmou ainda que, entre o começo e o final de sua gestão, de 2001 a 2004, as despesas da Brasil Telecom com publicidade caíram de 2% para 1,5% do faturamento. O fato, segundo ela, demonstra o rigor que era adotado para a conclusão de contratos com agências de propaganda.
Indicada para a presidência da Brasil Telecom por Daniel Dantas, Cicco saiu do cargo depois que o grupo Opportunity deixou o controle da telefônica. (Fonte: Agência Câmara)
Cicco, que prestou depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, disse que a Kroll foi contratada "para o bem" dos acionistas da Brasil Telecom. Segundo ela, a Telecom Itália era contrária à entrada da Brasil Telecom no mercado de telefonia celular, posição que prejudicava os acionistas. As informações levantadas seriam usadas em um possível processo contra a Telecom Itália. A empresa de investigação foi contratada, segundo Cicco, por cerca de 250 mil doláres (aproximadamente R$ 550 mil) por mês. Como o contrato durou cerca de 30 meses, de 2003 a meados deste ano o gasto total foi de aproximadamente 7 milhões de dólares, mais de R$ 15 milhões. "Infelizmente, a Telecom Itália tinha interesses contra a Brasil Telecom", informou ela, que trabalhou até 1998 na empresa italiana.
De acordo com Cicco, a disputa entre a Brasil Telecom e a Telecom Italia teve como um dos principais motivos o interesse da empresa brasileira em entrar no mercado de telefonia celular, o que contrariava os interesses da TIM, que pertence ao grupo italiano.
O relator da CPMI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), criticou o gasto da Brasil Telecom. "Quem vai fazer esse pagamento é o usuário do serviço público."
No depoimento, Carla Cicco também confirmou a contratação dos serviços de publicidade das empresas SMPB e DNA, de Marcos Valério de Souza. De acordo com a executiva, todos os contratos foram firmados dentro da lei, e não houve superfaturamento. Segundo Cicco, não houve pagamento sem contrato. "Era trabalho feito, pagamento feito", afirmou. Por outro lado, ela afirmou que os serviços prestados à Brasil Telecom até 2004 pelas empresas SMPB e DNA eram esporádicos e que os contratos de R$ 25 milhões cada um, assinados em abril passado, eram do tipo "guarda-chuva". Significa que não havia garantia de que o valor total seria realmente gasto. Os contratos apenas cobririam as necessidades que surgissem.
Os valores dos contratos firmados com as empresas de Valério entre 2003 e este ano, de acordo com a ex-presidente, foram de R$ 4,5 milhões. A informação, porém, foi contestada na comissão. "Informações que tenho dizem que o valor chegou a R$ 50 milhões", rebateu o deputado Maurício Rands (PT-PE).
Carla Cicco afirmou ainda que, entre o começo e o final de sua gestão, de 2001 a 2004, as despesas da Brasil Telecom com publicidade caíram de 2% para 1,5% do faturamento. O fato, segundo ela, demonstra o rigor que era adotado para a conclusão de contratos com agências de propaganda.
Indicada para a presidência da Brasil Telecom por Daniel Dantas, Cicco saiu do cargo depois que o grupo Opportunity deixou o controle da telefônica. (Fonte: Agência Câmara)
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