O grupo de investimentos norte-americano Matlin Patterson quer se associar a investidores nacionais para comprar o total de ações da Varig, e não apenas a VarigLog, empresa de logística, como era o projeto inicial.
Um represente do Matlin Patterson estará na assembléia de credores da endividada companhia brasileira nesta quarta-feira, para apresentar a proposta de compra, confirmou à Reuters o presidente Varig, Omar Carneiro da Cunha. Mais cedo, uma fonte do governo havia informado que o grupo estaria interessado na aérea.
"Chegou ontem uma minuta da proposta que eu não posso comentar, mas a intenção é vir ao Brasil hoje e apresentar a proposta formalmente", disse Carneiro da Cunha antes do início da assembléia que vai avaliar as várias propostas de salvamento da Varig.
"Eles querem se associar a investidores brasileiros para comprar a empresa toda", afirmou. No Brasil, investidores estrangeiros podem comprar apenas 20% do capital de empresas aéreas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também estará presente na assembléia e apresentará a alternativa do governo para tentar evitar a falência da Varig, que está em processo de recuperação judicial, mas corre risco de ter sua frota reduzida pela metade, por falta de caixa para pagamento de leasing de aeronaves.
Carneiro da Cunha afirmou que o BNDES ainda não apresentou a proposta do governo à diretoria da empresa.
"Trabalhamos muito juntos, mas hoje eles estarão aqui e apresentarão a proposta", disse o executivo.
Segundo fontes do governo, a intenção do BNDES é afastar a atual diretoria e Conselho de Administração da Varig, cujo presidente é David Zylbersztajn, que também disse nesta quarta-feira à Reuters desconhecer a proposta do banco.
"Não me procuraram", limitou-se a dizer por telefone e sem confirmar a intenção do banco mudar a direção da Varig.
A expectativa é que o BNDES peça também na assembléia um prazo maior para estudar o caso Varig. Se aprovado pelo governo, o banco poderá financiar US$ 100 milhões imediatamente para evitar a falência da empresa pela redução da frota. De acordo com decisão da Justiça norte-americana, se a Varig não pagar US$ 70 milhões até sexta-feira a empresas de leasing, metade da sua frota de 63 aviões poderá arrestada.
A assembléia vai decidir sobre o plano de recuperação proposto pela equipe de Zylbersztajn e Carneiro da Cunha, que inclui a venda da VarigLog, e outras propostas concorrentes, como da empresa Docas, do empresário Nelson Tanure, e dos empregados da própria companhia.
A crise da Varig se arrasta há mais de cinco anos e várias propostas já foram rejeitadas pela controladora da empresa, a Fundação Ruben Berta, que tem 87 por cento das ações. O próprio BNDES já tinha como certo o aporte de capital na companhia, em 2002, mas a Fundação criou obstáculos e abortou os planos de salvamento.
A dívida da Varig é de cerca de R$ 7,5 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões referentes a débitos fiscais com o governo, que por sua vez perdeu na Justiça causa sobre ressarcimento por congelamento de tarifas. Da dívida restante, boa parte é devida a empresas estatais como Infraero, Banco do Brasil e BR Distribuidora. Ao todo , o governo tem 60% da dívida da Varig. (Fonte: Reuters)
Um represente do Matlin Patterson estará na assembléia de credores da endividada companhia brasileira nesta quarta-feira, para apresentar a proposta de compra, confirmou à Reuters o presidente Varig, Omar Carneiro da Cunha. Mais cedo, uma fonte do governo havia informado que o grupo estaria interessado na aérea.
"Chegou ontem uma minuta da proposta que eu não posso comentar, mas a intenção é vir ao Brasil hoje e apresentar a proposta formalmente", disse Carneiro da Cunha antes do início da assembléia que vai avaliar as várias propostas de salvamento da Varig.
"Eles querem se associar a investidores brasileiros para comprar a empresa toda", afirmou. No Brasil, investidores estrangeiros podem comprar apenas 20% do capital de empresas aéreas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também estará presente na assembléia e apresentará a alternativa do governo para tentar evitar a falência da Varig, que está em processo de recuperação judicial, mas corre risco de ter sua frota reduzida pela metade, por falta de caixa para pagamento de leasing de aeronaves.
Carneiro da Cunha afirmou que o BNDES ainda não apresentou a proposta do governo à diretoria da empresa.
"Trabalhamos muito juntos, mas hoje eles estarão aqui e apresentarão a proposta", disse o executivo.
Segundo fontes do governo, a intenção do BNDES é afastar a atual diretoria e Conselho de Administração da Varig, cujo presidente é David Zylbersztajn, que também disse nesta quarta-feira à Reuters desconhecer a proposta do banco.
"Não me procuraram", limitou-se a dizer por telefone e sem confirmar a intenção do banco mudar a direção da Varig.
A expectativa é que o BNDES peça também na assembléia um prazo maior para estudar o caso Varig. Se aprovado pelo governo, o banco poderá financiar US$ 100 milhões imediatamente para evitar a falência da empresa pela redução da frota. De acordo com decisão da Justiça norte-americana, se a Varig não pagar US$ 70 milhões até sexta-feira a empresas de leasing, metade da sua frota de 63 aviões poderá arrestada.
A assembléia vai decidir sobre o plano de recuperação proposto pela equipe de Zylbersztajn e Carneiro da Cunha, que inclui a venda da VarigLog, e outras propostas concorrentes, como da empresa Docas, do empresário Nelson Tanure, e dos empregados da própria companhia.
A crise da Varig se arrasta há mais de cinco anos e várias propostas já foram rejeitadas pela controladora da empresa, a Fundação Ruben Berta, que tem 87 por cento das ações. O próprio BNDES já tinha como certo o aporte de capital na companhia, em 2002, mas a Fundação criou obstáculos e abortou os planos de salvamento.
A dívida da Varig é de cerca de R$ 7,5 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões referentes a débitos fiscais com o governo, que por sua vez perdeu na Justiça causa sobre ressarcimento por congelamento de tarifas. Da dívida restante, boa parte é devida a empresas estatais como Infraero, Banco do Brasil e BR Distribuidora. Ao todo , o governo tem 60% da dívida da Varig. (Fonte: Reuters)
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