miercuri, ianuarie 25, 2006

Brasil e Argentina negociam acordo automotivo transitório

Os governos brasileiro e argentino vão negociar um acordo automotivo transitório para vigorar entre 2 de março e 30 de junho, que poderá resultar na redução das importações de carros do Brasil pela Argentina com tarifa zero.
O secretário de Desenvolvimento da produção do Ministério do Desenvolvimento, Antônio Sérgio Melo, afirmou nesta terça-feira que uma das alternativas em estudo é estabelecer parâmetros diferentes para os dois países de forma a reduzir o volume de veículos que a Argentina poderá importar do Brasil sem pagar imposto.
Atualmente, a regra é única e para cada US$ 100 que um dos dois países exporta ao outro em veículos, ele pode importar até US$ 260 com tarifa zero. "O Brasil admitiu fazer uma concessão para ter maior equilíbrio no comércio com a Argentina", disse Melo a jornalistas. Segundo ele, em 2005 o Brasil exportou 200 mil veículos à Argentina e importou 64 mil.
O secretário ressaltou, contudo, que o Brasil insistirá na importância de que as regras que regulamentarão o comércio automotivo entre os dois países a partir do segundo semestre do ano deverão prever uma data para entrada em vigor do livre comércio.
"Precisamos lançar um sinal para os investidores de que a região tem previsibilidade de regras."
As normas do Mercosul previam que o livre comércio para o setor automotivo no bloco deveriam passar a vigorar em janeiro deste ano. Diante da resistência da Argentina, as regras que delimitavam as transações a tarifa zero foram prorrogadas até o dia 2 de março deste ano.
Representantes dos governos e dos produtores dos países, reunidos nesta terça-feira em Brasília, não chegaram a um entendimento final para o comércio do setor. Uma nova reunião será marcada, mas ainda não há data prevista.
"Essa é uma negociação de altíssimo grau de complexidade", disse o presidente da Anfavea, Rogério Golfarb, a jornalistas, destacando que o Mercosul tem o desafio de evitar a perda de mais investimentos do setor para países como China e nações do Leste Europeu.
Fonte: Reuters

Niciun comentariu: