O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que o governo vai cancelar todas as concessões no setor de mineração, acrescentando que não dará mais negócios às empresas multinacionais para manter a soberania sobre os recursos naturais do país.
Chávez, que informou durante a semana a revogação de "algumas concessões inativas em mineração", afirmou que não dará novas autorizações às mineradoras multinacionais. Para ele, essas empresas desejam apenas monopolizar os recursos do planeta.
"Há pouco tempo, por exemplo, decidimos (...) cancelar todas as concessões em mineração. Não damos mais concessão a transnacionais", disse ele.
A decisão não afeta os planos da Companhia Vale do Rio Doce de explorar carvão no país vizinho, afirmou um porta-voz da mineradora brasileira. "Não muda nada para a Vale. Estamos finalizando estudos para fazer associações com a estatal Carbozulia", informou o porta-voz à Reuters. A Vale assinou, em fevereiro deste ano, acordo com a estatal venezuelana reafirmando a intenção de criar uma joint-venture para explorar a jazida carbonífera de Socuy e outras jazidas no Estado de Zulia, informou o porta-voz.
O anúncio de Chávez acontece após declarações sobre a criação de uma empresa estatal para cuidar dos recursos minerais. O presidente disse que a estatal será localizada na área de Las Cristinas, onde a canadense Crystallex International aguarda há meses para construir uma mina de ouro.
Chávez comentou que algumas multinacionais costumam abandonar as concessões que ganham.
"Eles as convertem num papel, 'eu sou o dono desta mina, tenho esta concessão'; e vão pelo mundo dizendo que têm tantas reservas de ouro, mas nunca as vão explorar", disse Chávez.
A Crystallex afirmou que o seu contrato na mina de Las Cristinas está seguro, apesar dos comentários do presidente. "Não há absolutamente nenhuma evidência, tampouco nenhuma notificação, nada que diga o contrário", disse à Reuters o presidente da Crystallex, Todd Bruce, ao ser perguntado sobre se havia alguma oportunidade de que o contrato fosse revogado pelo governo.
Outras empresas estrangeiras como a norte-americana Hecla Mining e a canadense Bolivar Mining têm concessões e contratos para operar minas de ouro na Venezuela, onde os recursos do subsolo são legalmente propriedade do Estado.
Chávez ordenou neste ano uma ampla revisão dos contratos de mineração, de petróleo e de indústrias básicas com capital estrangeiro, incluindo os de produção de ouro e de alumínio. (Fonte: Reuters)
Chávez, que informou durante a semana a revogação de "algumas concessões inativas em mineração", afirmou que não dará novas autorizações às mineradoras multinacionais. Para ele, essas empresas desejam apenas monopolizar os recursos do planeta.
"Há pouco tempo, por exemplo, decidimos (...) cancelar todas as concessões em mineração. Não damos mais concessão a transnacionais", disse ele.
A decisão não afeta os planos da Companhia Vale do Rio Doce de explorar carvão no país vizinho, afirmou um porta-voz da mineradora brasileira. "Não muda nada para a Vale. Estamos finalizando estudos para fazer associações com a estatal Carbozulia", informou o porta-voz à Reuters. A Vale assinou, em fevereiro deste ano, acordo com a estatal venezuelana reafirmando a intenção de criar uma joint-venture para explorar a jazida carbonífera de Socuy e outras jazidas no Estado de Zulia, informou o porta-voz.
O anúncio de Chávez acontece após declarações sobre a criação de uma empresa estatal para cuidar dos recursos minerais. O presidente disse que a estatal será localizada na área de Las Cristinas, onde a canadense Crystallex International aguarda há meses para construir uma mina de ouro.
Chávez comentou que algumas multinacionais costumam abandonar as concessões que ganham.
"Eles as convertem num papel, 'eu sou o dono desta mina, tenho esta concessão'; e vão pelo mundo dizendo que têm tantas reservas de ouro, mas nunca as vão explorar", disse Chávez.
A Crystallex afirmou que o seu contrato na mina de Las Cristinas está seguro, apesar dos comentários do presidente. "Não há absolutamente nenhuma evidência, tampouco nenhuma notificação, nada que diga o contrário", disse à Reuters o presidente da Crystallex, Todd Bruce, ao ser perguntado sobre se havia alguma oportunidade de que o contrato fosse revogado pelo governo.
Outras empresas estrangeiras como a norte-americana Hecla Mining e a canadense Bolivar Mining têm concessões e contratos para operar minas de ouro na Venezuela, onde os recursos do subsolo são legalmente propriedade do Estado.
Chávez ordenou neste ano uma ampla revisão dos contratos de mineração, de petróleo e de indústrias básicas com capital estrangeiro, incluindo os de produção de ouro e de alumínio. (Fonte: Reuters)